Saia cantarolando logo após a primeira audição. Com uma década de estrada, o conjunto carioca Casuarina parece estar mais afiado do que nunca. Neste quarto álbum, os arranjos continuam impecáveis, mas as atenções se voltam para as ótimas composições. Trilhos/Terra Firme é um trabalho inteiramente autoral e inédito - para surpresa dos desavisados.
As canções que nomeiam o trabalho são bons exemplos de como a criação está notável. Na primeira, que aparece na metade do álbum, o futuro é incerto: “Eu ando em trilhos, tristonhos, sem trens”. O outro tema traz a mágoa da falta de um lar em terra firme, mas acaba concluindo que a ausência do movimento das ondas não é conveniente: “O coração que é do mar já nasceu pra navegar e não para em terra firme”. Qual merece dar nome ao disco? Na indecisão, o grupo decidiu não decidir.
Daniel Montes, João Cavalcanti, Gabriel Azevedo, João Fernando e Rafael Freire são experientes nos palcos do mundo. O Casuarina já conta cinco turnês internacionais. Nesse quesito, Trilhos/Terra Firme surge como uma prova de que o talento da banda foi bem polido. Versátil e harmônico, o novo trabalho passeia pelas variações mais tradicionais do samba carioca sem deixar de lado a originalidade. O naipe de paus na bela capa do disco é explicado em Coringa, sobre um jogo sentimental onde o amor é de carta marcada. Destaque também para os excelentes versos de Vaidade, Qual Maneira e Samba de Helena. É para se emocionar com Vocação e deixar o coração ser dilacerado pela Dissimulata. É para viciar e cantar junto do início ao fim.
As canções que nomeiam o trabalho são bons exemplos de como a criação está notável. Na primeira, que aparece na metade do álbum, o futuro é incerto: “Eu ando em trilhos, tristonhos, sem trens”. O outro tema traz a mágoa da falta de um lar em terra firme, mas acaba concluindo que a ausência do movimento das ondas não é conveniente: “O coração que é do mar já nasceu pra navegar e não para em terra firme”. Qual merece dar nome ao disco? Na indecisão, o grupo decidiu não decidir.
Daniel Montes, João Cavalcanti, Gabriel Azevedo, João Fernando e Rafael Freire são experientes nos palcos do mundo. O Casuarina já conta cinco turnês internacionais. Nesse quesito, Trilhos/Terra Firme surge como uma prova de que o talento da banda foi bem polido. Versátil e harmônico, o novo trabalho passeia pelas variações mais tradicionais do samba carioca sem deixar de lado a originalidade. O naipe de paus na bela capa do disco é explicado em Coringa, sobre um jogo sentimental onde o amor é de carta marcada. Destaque também para os excelentes versos de Vaidade, Qual Maneira e Samba de Helena. É para se emocionar com Vocação e deixar o coração ser dilacerado pela Dissimulata. É para viciar e cantar junto do início ao fim.