Emoção não requer idioma. O cantor e compositor maranhense Bruno Batista sabe muito bem disso. Em seu segundo álbum, convocou nomes conhecidos da nova música brasileira para dar voz a uma dúzia de boas composições, todas de sua autoria. O ouvinte pode ter a impressão de que o Bruno das letras é superior ao Bruno da voz. Isso fica claro quando o artista toma a liberdade de brincar com seus ídolos, como em Tarantino, Meu Amor, ou quando pergunta “Quem, além de mim, trocaria uma saudade por duas lembranças?” na marcante Sobre Anjos e Arraias. Dividindo Nossa Paz com Tulipa Ruiz, o cantor alcança o ápice de um álbum que nos apresenta um mundo particular, recheado de referências curiosas e de elementos que comprovam seu bom gosto.