![Mallu Magalhães - Pitanga Mallu Magalhães - Pitanga](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBgBbAU8jRNQ3OkYtgLTfjY4HMM6VUz2BAI39bY4A2n61SEcuhSgRho9SygUiDITOYMuqyA0uPcpkXlK42G1L8BPCJFKSnz_dgABhq8iO3XYE_GwkXEP_0Xm4etT-Rf1zjl24LYot1xC3X/s1600/2011MMB5.jpg)
![Mallu Mallu](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2CKA8vc4Jo6tc5F_4E7z0_nTR2F1MmFD4Z6Ct5wb0UoUtfc_8uJEywXJh6Fy7C5fQBkYEE2SocWScjUcj61iJplmzL6vZDE1Qm53EvHU6k6m-9yfmWKpN0eGYiWN_nJEsUtmhDoV3_W8M/s1600/5+Mallu.jpg)
Hora de esquecer aquela adolescente insossa que há alguns anos foi apontada como prodígio pela mídia, citando como referências Johnny Cash e Bob Dylan. Hora de acreditar: a garota irritantemente tímida e meio desengonçada ficou para trás. Hora dos ouvintes contrários deixarem o preconceito de lado. Para quem estava enquadrado neste grupo, os dois primeiros discos de Mallu Magalhães, homônimos, não passaram de trabalhos imaturos e pouco atraentes. Pitanga, o terceiro, é uma prova surpreendente de que a cantora evoluiu muito e em pouco tempo.
Sem o sobrenome Magalhães, e sem insistir nas influências norte americanas, Mallu nos apresenta doze canções sensíveis, sinceras e maduras na medida certa. O recado de Velha e Louca, que abre o disco, é claro: “Pode falar que eu não ligo. Agora, amigo, eu tô em outra”. Logo na primeira faixa, nos primeiros segundos, já é possível perceber a presença forte de Marcelo Camelo. Com o toque dele, o disco dela é melhor que o dele, Toque Dela. O “moreno do cabelo enroladinho”, amado da cantora, atuou de forma decisiva em Pitanga. O hermano está na concepção minimalista, na produção categórica e, principalmente, na inspiração. Apaixonada, Mallu consegue compor e cantar com delicadeza invejável, além de se aventurar em novos instrumentos, como piano, guitarra e bateria. Segurança e espontaneidade do início ao fim deste novo álbum. Cena é arrebatadora e, ao mesmo tempo, graciosa. Sambinha nos faz querer mais da bossa de Mallu, que antes priorizava o folk.
E por falar nisso, o inglês está mais sutil. Canções como Youhuhu, In The Morning e Highly Sensitive contam com belos versos em português. “Toda a dor que me aparece eu te conto, você me cura sem sequer notar”, confessa em Baby, I’m Sure. O tom desembaraçado de Ô, Ana, a sinceridade de Olha Só, Moreno e o afeto dominante de Por Que Você Faz Assim Comigo? mostram uma artista de cara limpa, mais segura, mais experiente, mais feliz. Mallu aprendeu com Camelo que o casual pode se tornar encantador, que a fruta pode ficar madura num estalar de dedos, num assobio. O segredo é em cada canto ver o lado bom.
Sem o sobrenome Magalhães, e sem insistir nas influências norte americanas, Mallu nos apresenta doze canções sensíveis, sinceras e maduras na medida certa. O recado de Velha e Louca, que abre o disco, é claro: “Pode falar que eu não ligo. Agora, amigo, eu tô em outra”. Logo na primeira faixa, nos primeiros segundos, já é possível perceber a presença forte de Marcelo Camelo. Com o toque dele, o disco dela é melhor que o dele, Toque Dela. O “moreno do cabelo enroladinho”, amado da cantora, atuou de forma decisiva em Pitanga. O hermano está na concepção minimalista, na produção categórica e, principalmente, na inspiração. Apaixonada, Mallu consegue compor e cantar com delicadeza invejável, além de se aventurar em novos instrumentos, como piano, guitarra e bateria. Segurança e espontaneidade do início ao fim deste novo álbum. Cena é arrebatadora e, ao mesmo tempo, graciosa. Sambinha nos faz querer mais da bossa de Mallu, que antes priorizava o folk.
E por falar nisso, o inglês está mais sutil. Canções como Youhuhu, In The Morning e Highly Sensitive contam com belos versos em português. “Toda a dor que me aparece eu te conto, você me cura sem sequer notar”, confessa em Baby, I’m Sure. O tom desembaraçado de Ô, Ana, a sinceridade de Olha Só, Moreno e o afeto dominante de Por Que Você Faz Assim Comigo? mostram uma artista de cara limpa, mais segura, mais experiente, mais feliz. Mallu aprendeu com Camelo que o casual pode se tornar encantador, que a fruta pode ficar madura num estalar de dedos, num assobio. O segredo é em cada canto ver o lado bom.