Em parceria com a falada dupla de produtores Beatnick & K-Saalam, Emicida produziu o melhor trabalho em estúdio de sua carreira. As rimas apuradas agora estão intercaladas por melodias abundantes e ótimas vozes, como a de Fabiana Cozza, em Cacariacô, e a de Rael da Rima, em Num É Só Ver (a melhor das nove faixas). A evolução rápida do rapper é refletida, obviamente, em seu discurso. “Jornais me chamam de matador e é o que quero ser: aquele que mata a dor”, dispara em Viva. Por falar em jornais, a crescente repercussão na mídia rende uma ótima introdução para o álbum: Shiiiiu!, um mosaico do barulho que ele anda causando por aí. E isso é só o começo. Sensato, Emicida caminha para ser o maior rapper brasileiro de todos os tempos.