Seleção
A amostra do projeto Melhores da Música Brasileira consiste em 1.493 discos lançados por artistas brasileiros no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2016. Discos disponibilizados na internet antes desse período não foram aceitos, mesmo nos casos em que o lançamento do disco físico tenha ocorrido em 2016. Trabalhos de todos os gêneros musicais e de todas as regiões do país foram incluídos na amostra. Quanto aos formatos, tanto discos físicos como álbuns distribuídos pela internet foram considerados.
Não entraram na amostra: álbuns curtos (os EPs), singles, mixtapes, coletâneas e gravações ao vivo. Há exceções, como, por exemplo, um EP que contenha um número de faixas que o torne equivalente a um disco comum. E no caso de “quem é brasileiro e quem não é”, também foram aceitos na amostra trabalhos assinados por artistas estrangeiros radicados no Brasil. O que importa é a música ser brasileira.
O período de avaliação da amostra foi encerrado apenas no dia 18 de janeiro de 2017, o que possibilitou que os discos lançados no final de dezembro também fossem considerados.
Critérios
Cada um dos 1.493 discos da amostra foi avaliado pelo jornalista Ed Félix (editor do Embrulhador), que, de acordo com seu gosto pessoal, lhe atribuiu uma cotação de 0 a 100 com base em critérios como conceito, originalidade, referências, uniformidade, letras, instrumentos, produção e arte visual. Quando discos aparecem empatados na classificação, outros pontos são considerados para o desempate, como participações especiais e formato de lançamento, com vantagem para discos que possuem versão física.
A escala de 0 a 100 foi adotada com a finalidade de classificar os trabalhos com base nesses critérios. Vale ressaltar que o número atribuído a cada disco não equivale às escalas frequentemente utilizadas pela crítica musical nos veículos de comunicação. Isso quer dizer que um disco aqui apontado com cotação 80 não necessariamente mereceria nota 8 (escala de 0 a 10) ou 4 estrelas numa resenha crítica em outra publicação jornalística.
Avaliação
A avaliação da amostra acontece em três etapas. Na primeira delas, todos os discos passam por audições iniciais - um processo rápido e dinâmico - em que podem ser classificados ou não para a próxima etapa. A audição de cada disco nessa fase dura cerca de dez minutos. Só serão ouvidos por completo os discos classificados para a próxima fase.
Na segunda etapa do processo, os discos classificados são avaliados faixa por faixa. Essa é a fase mais longa e minuciosa. Alguns discos chegam a passam por várias audições até que tenham suas cotações definidas.
A terceira e última fase da avaliação é decisiva para que desempatar os discos que estão com a mesma cotação e definir suas posições na lista. Nessa etapa também são definidos quais trabalhos ganharão destaque na seleção de melhores instrumentistas, além das melhores músicas do ano, com o limite de uma faixa por disco.
Os discos que ocupam as primeiras posições na lista precisaram passar pelas três etapas de avaliação e manter suas cotações altas depois de várias audições. ‘Canto Sem Pressa’, ‘O Mesmo Mar Que Nega a Terra Cede à Sua Calma’ e ‘Tropix’, os três primeiros colocados de 2016, por exemplo, tiveram mais de 50 audições cada um.
Ranking
Com todos os discos da amostra avaliados, os 100 que obtiveram as cotações mais altas aparecem na lista de melhores do ano. A cotação mínima para entrar na lista principal esse ano foi de 84 pontos. Apenas dois discos atingiram a cotação máxima, de 100 pontos. O Embrulhador prefere não divulgar as cotações dadas aos discos que não foram classificados na lista principal.
Alguns discos que não entraram na lista principal receberam menção honrosa, o que significa que são bons trabalhos, mas infelizmente não atingiram pontuação suficiente para estar entre os melhores do ano. Mas, atenção: os discos com menção honrosa não são, necessariamente, os que foram posicionados logo abaixo dos 100 melhores. As cotações desses trabalhos são variadas, mas sempre acima de 60 pontos.
Um agradecimento
O Embrulhador não teria como alcançar uma amostra tão grande e tão rica da produção musical brasileira sem a ajuda de muita gente. Cabe aqui um agradecimento especial aos artistas, produtores, assessores e gravadoras que enviaram material para análise. Muitíssimo obrigado a todos pela atenção em 2016. E que os próximos anos também sejam de muito trabalho!
