
A regra das maçãs
Hora de rever aquela regrinha que ajuda a justificar essa
edição especial do Embrulhador. Se você tem cinco maçãs e precisa escolher as
três melhores, isso não quer dizer que as ‘finalistas’ sejam de boa qualidade.
Uma pode ser ótima e duas menos ruins que as outras duas. Quanto mais opções,
melhor será a seleção final. No sentido da “regra das maçãs”, selecionamos o
maior número possível de álbuns lançados por artistas brasileiros em 2015 para
compor a amostra. Exatamente 1.252 discos foram considerados durante o ano (416 a
mais que na edição de 2014). Pode até parecer muito, mas é o número adequado
para uma seleção final tão grande. Isso garante um nível ainda mais alto para
os 100 apontados como os melhores do ano.
Álbuns de todos os gêneros musicais e de todas as regiões do
país foram aceitos na amostra. Quanto aos formatos, tanto discos físicos como
álbuns distribuídos pela internet foram considerados. É importante ressaltar
também que apenas os trabalhos lançados entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de
2015 foram incluídos. Os álbuns disponibilizados na internet antes desse
período não foram aceitos, mesmo nos casos em que o lançamento do disco físico
tenha ocorrido em 2015.
Não entraram na amostra: álbuns curtos (os EPs), singles,
mixtapes, coletâneas e gravações ao vivo. Há exceções, como, por exemplo, um EP
que contenha um número de faixas que o torne equivalente a um disco comum, mas
nenhum trabalho que se enquadre nesse caso foi selecionado entre os melhores do
ano. E no caso de “quem é brasileiro e quem não é”, também foram aceitos na amostra
trabalhos assinados por artistas estrangeiros radicados no Brasil. O que
importa é a música ser brasileira.
Cada um dos 1.252 discos da amostra foi analisado pelo
jornalista Ed Félix (editor do Embrulhador), que, de acordo com seu gosto
pessoal, lhe atribuiu uma cotação de 0 a 100 com base nos seguintes critérios:
Quando álbuns aparecem empatados na classificação, os
seguintes pontos são considerados para o desempate: participações especiais,
formato de lançamento (vantagem para discos lançados em vinil e também para os
que foram disponibilizados gratuitamente na internet), qualidade vocal (discos
apenas instrumentais saem em desvantagem).
O intuito desta avaliação foi abranger, com prudência e
discernimento, fatores relevantes no lançamento de um produto musical. O
período de análise foi encerrado apenas no dia 7 de janeiro de 2016, o que
possibilitou que os discos lançados no final de dezembro também fossem
considerados.
A escala de 0 a 100 foi adotada com a finalidade de
classificar os 1.252 álbuns com base nesses critérios. Vale ressaltar que o
número atribuído a cada disco não equivale às escalas frequentemente utilizadas
pela crítica musical nos veículos de comunicação. Isso quer dizer que um disco
aqui apontado com cotação 80 não necessariamente mereceria nota 8 (escala de 0
a 10) ou 4 estrelas num resenha crítica em outra publicação jornalística.
Com todos os álbuns da amostra avaliados, os 100 que obtiveram as cotações mais altas aparecem na lista de melhores do ano. Os 1.152 restantes, incluindo as menções honrosas, são citados aqui.
Um agradecimento
O Embrulhador não teria como alcançar uma amostra tão grande e tão rica da produção musical brasileira sem a ajuda de muita gente... Cabe aqui um agradecimento especial aos artistas, produtores e gravadoras que enviaram material para análise. Muitíssimo obrigado a todos pela atenção em 2015. E que os próximos anos também sejam de muito trabalho!