[66] Filipe Catto - Fôlego

Filipe Catto - Fôlego
FOTO: CAROLINE BITTENCOURT
Filipe Catto

A versatilidade vocal de Filipe Catto supre a falta de originalidade e de esmero na produção de Fôlego. O ouvinte é tomado por um incessante déjà vu, mas a voz excêntrica e exuberante do cantor deixa esse e outros pontos fracos do trabalho de lado. Contratenor com timbre impecável, Catto passeia por canções fortes e se dá bem com os gêneros latinos. Suas composições próprias são interessantes, mas versões como Ave de Prata (de Zé Ramalho) e Nescafé (da banda Apanhador Só) tornam-se mais notáveis. Ele - infelizmente - não parece bêbado ao cantar Garçon, clássico maioral de Reginaldo Rossi, mas demonstra esperteza e garbo nas demais interpretações. Vamos deixar de lado a comparação com Ney Matogrosso e prestar atenção num detalhe de palco: a paixão de Filipe Catto por Elza Soares. “Quero ser assim quando eu crescer”, conta. Futuro promissor.

  COTAÇÃO:   84        [OUÇA]






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